MORGUE insano and COOL

Uma versão de roteiro que foi se transformando a cada apresentação.
Foto: Thiago Araújo

Augusto acorda no necrotério, é de madrugada, ele esta  com outros cadáveres, numa sala trancada .

Este é o início da odisséia trans-tecnológica deste personagem que margeia a performance, o teatro, e as vias da WEB ; usando dessas linguagens tudo o que for necessário para integrar fatos, pessoas e personagens tanto  no mundo virtual como o Second Life, ou o Windows Live Messenger , quanto com  câmera em tempo real e celulares dos espectadores, o espetáculo é uma viagem radical que penetra todos os territórios da experimentação para uma comunicação sinestésica durante 50 minutos com os sentidos da vida e das artes.
Foto: Thiago Araújo

Em principio ele pensa estar só na sala, ele esta amarrado numa maca, consegue se desvencilhar das amarras, tenta abrir a porta e não consegue, a sala esta trancada não consegue sair, grita tentando chamar alguém, ninguém responde   tenta se acalmar , acha uma garrafa de álcool (uísque que é tratado como álcool)  toma uma dose pra se acalmar e pensar o que fazer, percebe que tem outros cadáveres na sala, oferece uma dose  de uísque\álcool ,  (começa a interagir com o público) um pouco mais calmo liga um notebook e coloca pra rodar um DVD do Toni Platão pra “animar o ambiente”.
foto: Alexandre Sequeira 

Decide entrar na internet pra pedir ajuda, vai primeiro no Second Life – onde encontra uma amiga que acha que é outra pessoa manipulando o Avatar que roubou a senha  e confirma a morte de Augusto cujo o enterro será no dia seguinte. Ele tenta convencê-la de todas as maneiras mais ela não reconhece nem mesmo a voz de Augusto, ele desiste.
Então tenta  outra coisa , o MSN , abre sua lista de contatos , mas apesar de estar usando a câmera , ( câmera em tempo real participações especiais de amigos) os amigos confirmam a sua morte e o enterro pela manhã.


frame de vídeo

foto: Alexandre Sequeira

Numa tentativa final (pega alguém da platéia e faz a pessoa abrir o MSN dela) tenta explicar toda a situação de que eles estão trancados num necrotério, que todos lá fora na vida real acham que eles estão mortos, mostra inclusive os outros cadáveres  através da câmera para o amigo da pessoa, mas que na verdade eles estão vivos e trancados num necrotério , e só precisam de ajuda para sair daquela situação  (conforme a reação da pessoa do outro lado acidentalmente  ele desliga o moldem) cortando a conexão com o mundo “real”.
foto: Alexandre Sequeira

Ao final Augusto chega a conclusão inexorável, todos estão mesmo mortos, e por estarem mortos, por não existirem, estão completamente livres para fazerem o que bem entender das suas mortes, inclusive voltar a realidade e ir embora daquela sala.
foto Alexandre Sequeira







Comentários

Postagens mais visitadas